Uma negociação de US$ 8,5 bilhões. E a Microsoft compra o Skype. Obviamente, os sócios da empresa de telefonia online não embolsarão essa fortuna, existem trocas de ações da empresa por ações da Microsoft e ativos dados em troca. O CEO da Microsoft (desde que Bill Gates decidiu explorar sua própria imagem em prol da sustentabilidade no mundo) Steve Ballmer declarou que “juntos vamos criar o futuro das telecomunicações no mundo”. Só esta frase já diz tudo.
A Microsoft chegou a seu limite. Inovar fica muito difícil, uma vez que inovação não depende somente de criatividade e sim de um conhecimento técnico que te permita reconhecer utilidade em seu projeto. Quando você mesmo acha que já inventou tudo e que seus próximos desafios passam a ser melhorar somente o que já criou a saída é causar um desconforto em sua empresa. A saída da Microsoft foi comprar a Skype.
A Skype é uma das empresas que mais tem a ver com a Microsoft e ao mesmo tempo a que menos tem a ver. A Microsoft tem o MSN, programa de conversas em tempo real mais famoso do mundo e o Skype é o segundo mais famoso e que, além de ser muito parecido com o MSN desenvolveu melhor a plataforma de conversas C2C (câmera para câmera). Isso tem tudo a ver não é mesmo? Mas e o que a Microsoft não tem a ver com a Skype? Respondo: sua história.
Todos conhecem a história da Microsoft, em como seus criadores modificaram a forma e conteúdo dos softwares. Mas a Microsoft nasceu uma empresa de software e evoluiu como uma. A Skype tem uma história diferente. Nasceu para ser uma empresa de telefonia de baixo custo para internet e não uma empresa de software. Se tornou uma empresa de software por necessidade. É aí que a Microsoft tem tudo a ganhar com essa compra. É a capacidade de, através de uma empresa que não tem sua cultura, se reinventar e conseguir modificar forma e conteúdo dos meios de comunicação. E isso inclui televisão, rádio, mídias sociais.
Parece um projeto louco, uma teoria da conspiração. Não é, é simplesmente uma das maiores e mais reconhecidas marcas do mundo acordando para não ser ultrapassada. Não é a toa que a compra custou US$ 8,5 bilhões.
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